Baeza cruzou a fronteira e apostou no Rio Ave FC como o trampolim ideal para a sua carreira.
Emprestado pelo Celta ao clube vilacondense, o médio falou à Agência EFE sobre o seu processo de adaptação, os sonhos e as inseguranças que trouxe na bagagem e o que vê no Miguel Baeza do futuro.
A viagem para Portugal foi feita com receios e ansiedade, mas com uma vontade muito grande de que tudo corresse pelo melhor. “Tive muitas dúvidas em aceitar a oferta do Rio Ave porque para mim era tudo novo: outro país, outra língua, outro futebol…”. Agora as dúvidas dissiparam-se e o espanhol tem a certeza de que fez a escolha certa. “E não digo porque estou a jogar, o que no fundo é o mais importante, mas porque tenho a sensação de que este campeonato me vai ajudar a crescer como jogador”, destacou Baeza, que procura seguir o mesmo caminho de outros compatriotas como Fran Navarro ou Pedro Porro.
Miguel Baeza, de 22 anos, ficou surpreendido com o campeonato português e confessou que não estava à espera de encontrar o nível que encontrou aqui. “É um campeonato muito competitivo, outro futebol, muito mais físico”, confessou e acrescentou ainda que “é um jogo muito físico, com transições. Aqui não te dão um segundo para pensar. Isso é muito bom para o meu jogo, vai ajudar-me a amadurecer”, frisou.
O jovem atleta fez a retrospectiva em relação à sua formação e o ponto em que se encontra no seu processo evolutivo. “Venho da formação do Real Madrid e a exigência, desde os 12 anos, sempre foi a de ganhar vantagem com a estratégia” reflectiu Baeza, que agora procura concluir essa formação em Portugal: “Aqui estou a ganhar aquela agressividade que me faltava”.
Se dantes, apostar no Rio Ave FC e no campeonato português lhe parecia uma pequena loucura, agora tem a certeza de que fez a aposta certa. “Não tenho dúvidas de que é o lugar ideal para os jovens espanhóis terem o impulso de que precisam”.
Em Vila do Conde há 3 meses, Baeza continua a adaptar o seu corpo à exigência da titularidade no principal escalão do futebol português e a estatística deixa-nos antever que o futuro poderá ser promissor: em três meses somou tantos minutos quanto na temporada passada na Espanha, primeiro no Celta e a partir de janeiro na Ponferradina.
“Encontrei uma equipa que gosta muito de jogar futebol, a filosofia do nosso treinador é ter a posse de bola na maior parte do tempo. Era importante para mim ir para uma equipa que me desse minutos. Esta temporada é muito importante para mim”, concluiu.