Ukra inicia esta nova temporada com o entusiasmo e o “balanço” da época anterior. A experiência do extremo do Rio Ave Futebol Clube ajudou a equipa a atingir os objectivos traçados e em troca teve dos companheiros o apoio e a qualidade que o leva a ficar satisfeito com o que produziu em 2013/14.
Esta relação de simbiose é, talvez, uma das mais antigas máximas do futebol e dos desportos colectivos; um jogador, por mais diferença que faça, não joga sozinho, nada conquista sozinho e nunca conquista objectivos enquanto peça isolada.
Ukra foi uma peça na engrenagem oleada do Rio Ave Futebol Clube e este ano quer que “a máquina” continue a trabalhar da mesma forma, sendo que na presente temporada além de elemento do todo é também Capitão. É um dos 3 elementos que são a extensão do treinador no balneário e no relvado. Tarantini, André Vilas Boas e Ukra são o eco da voz de Pedro Martins no comando do grupo.
“Ser um dos Capitães de Equipa é uma responsabilidade, mas também um orgulho. O grupo é muito unido e é fácil desempenhar o papel porque pensamos todos da mesma forma. O campeonato realizado na época passada foi prova disso. Só um grupo forte, que rema para o mesmo lado, consegue o que conseguimos.”
Nas contas do dar e receber Ukra sabe que o sucesso individual ajudará sempre o colectivo, mas sem colectivo ninguém se destaca.
“O que é melhor para mim será sempre o melhor para o Rio Ave Futebol Clube e vice-versa. Por isso ninguém é protagonista, ninguém é actor principal. Todos desempenhamos um papel importante. Sem falsas modéstias todos sabemos que somos importantes para a equipa, a qualquer momento do campeonato.”
A tudo isto junta-se a experiência europeia. Ukra é um dos quatro elementos do plantel com experiência europeia (Roderick pelo Benfica, Cássio pelo Paços de Ferreira nas pré-eliminatórias, Esmael pelo Apoel e Ukra pelo FC Porto). André Vilas Boas não teve essa oportunidade porque uma lesão lhe roubou a possibilidade de experimentar a europa pelo Marítimo.
Com mais ou menos experiência na Europa o desejo é igual para todos:
“Tentar chegar o mais longe possível, nesta experiência europeia, seria muito positivo. O batismo europeu fica para sempre. A sensação é óptima, quer para a carreira individual, quer para o historial do clube. Vamos tentar chegar o mais longe possível”.
Quanto à época, mais longa este ano pela entrada de mais clubes em competição, Ukra reforça os objectivos que foram assumidos ao primeiro dia de trabalho:
“Para já estar preparado para as competições europeias e tentar chegar à fase de grupos. Depois a Supertaça. Vai ser mais uma experiência intensa. Além disto, fazer um campeonato tranquilo que nos permita ficar entre os 8 primeiros lugares, ser uma equipa que se destaque pela qualidade de jogo e pela união. No fundo que continue a crescer como o tem feito”
O trabalho regressou mais cedo, ainda em Junho. Há que preparar o acesso às competições europeias.
“O trabalho está a ser duro, normal nesta fase, as pernas pesam. Mas sinto que o grupo está a assimilar e a identificar-se com os métodos de trabalho do Mister Pedro Martins. O trabalho que ele fez no Marítimo elevam-no a um patamar de excelência, por isso é bom trabalhar assim.”
O “Capitão Ukra” reforça esta relação de ligação estreita entre o trabalho e o sucesso. Trabalhar sempre no máximo para alcançar sempre o máximo.