Nuno Espirito Santo foi a voz de um grupo motivado e preparado para disputar a meia-final da Taça da Liga, no momento de conversar com a Comunicação Social na antevisão à partida desta quarta-feira.
A derrota com o SL Benfica não deixou marcas no plantel de Vila do Conde e o técnico rioavista defende mesmo que jogar no Dragão frente ao FC Porto não poderia surgir em melhor momento.
Estado de espirito do grupo
Tivemos o cuidado de projectar os dois jogos sem os dissociar no tempo. A equipa encontra-se motivada para a meia-final porque por si só o jogo significa a continuidade do sonho que temos desde o início. Jogar no Dragão contra o FC Porto uma meia-final é mais do que suficiente para estarmos motivados e preparados para ir a jogo.
Favoritismo do jogo
O FC Porto é favorito para este jogo até porque joga em casa e discute um título que naturalmente ambiciona vencer como qualquer grande clube. Dentro do nosso balneário este sonho tem vindo a ser alimentado ao longo da época e assumimos como clube que esta é uma ocasião que permite disputar um título. Logicamente que hoje e amanhã vivemos com esse sonho.
Vontade de estar na final
Sempre dissemos que acreditamos e portanto amanhã pode ser um momento importante na história do clube, ou seja, puder estar numa final, o que é relevante no nosso crescimento como grupo e como clube que se quer cimentar na primeira divisão, sendo capaz de estar preparado para disputar qualquer jogo em qualquer estádio. Vamos para o Dragão com esse sonho, conscientes das dificuldades, sempre com o optimismo que nos distingue como grupo. Temos de acreditar que temos argumentos para disputar o jogo.
Calendário deste momento do Rio Ave FC
Desde o princípio que dizemos que os jogos que passaram não contam nem os do passado nem os que ainda estão para chegar. O jogo vem na altura certa. Temos a data marcada e logicamente que o quadro competitivo que nos coloca a jogar no Porto depois de ter jogado com o Benfica é complicado, mas é o momento para desafiarmos os nossos limites e para individualmente também mostrarmos talento que o temos. Este é o momento ideal para jogar com o FC Porto.
Valorização da Taça da Liga
Eu acredito que não haja nenhum clube que desvalorize a competição. Com o decorrer da temporada vai crescendo a ambição. Pode não ser vista como a mais importante porque podem defender que até está mal formatada, o processo de calendarização dificulta mas sinceramente desde o início não acredito que alguém desvalorize. Internamente sempre a valorizamos e na fase de grupos com mérito conseguimos o apuramento para esta meia-final e o quadro de objetivos passa por materializar o sonho. Não acredito que o FC Porto desvalorize, e acredito que apresente a melhor equipa e os seus melhores processos.
Ausência de Wires e Edimar
Qualquer ausência nesta fase da competição e da época dificulta. Como tenho vindo a dizer, como grupo estamos preparados para apresentar soluções válidas. O nosso plantel tem um número curto de jogadores, mas isso não invalida as nossas ambições nem diminui os nossos argumentos.
Estratégia do jogo com o SL Benfica
Estamos condicionados pela ausência de certos jogadores e se analisarem bem mesmo que quiséssemos teríamos poucas soluções para mudar, exceto obviamente o processo que está bem assimilado e suficientemente jogado em boa parte do campeonato. Em relação à opção de jogarmos com três centrais prendeu-se com questões estratégicas após análise do adversário. Entendemos que bloquear o jogo exterior do Benfica era determinante para as nossas ambições. O fato de termos três centrais iria permitir que os alas, e falo de Bebé e Ukra, não tivessem de acompanhar os do Benfica. Por isso não podem dizer que a estratégia não tenha resultado. Tivemos dentro do contexto de jogo muitas ocasiões para trazer um bom resultado. Não conseguimos e a partir de certo momento não resultou e tudo tem o seu porquê. Quando vamos a jogo temos de ter um plano, assim o fizemos e não nos arrependemos de o ter feito.
Estratégia dos 3 centrais
Tive tempo sim para preparar essa estratégia. Não houve competição e não mudava muito no processo de jogo porque as saídas eram iguais, apenas mudava a ocupação e movimento dos centrais. O Rodriguez é um jogador que conhece bem o sistema e tem experiência para o fazer. Praticamos muitas vezes com outros centrais, nomeadamente juniores. Estávamos preparados e não nos arrependemos.