Prince e Jony foram os últimos jogadores a integrarem os trabalhos da equipa e além disso são dois emigrantes que vivem, pela primeira vez, a experiência no futebol português.
O defesa gaulês, neste aspecto, está em vantagem em relação ao médio espanhol. Prince é mais viajado em afazeres profissionais. Ainda novo, viveu a aventura do futebol italiano e, mais recentemente, a do futebol holandês. A mudança, por isso, não é tão estranha, ainda mais quando a adaptação a Vila do Conde e ao Rio Ave Futebol Clube está a ser a melhor.
“A cidade, Vila do Conde, é uma cidade linda, até porque temos a praia aqui, muitos restaurantes e muitas coisas para ver e para fazer. Quanto à equipa, sinto-me bem integrado no grupo, foi fácil sentir-me assim porque fui bem recebido.”
O trabalho também não assusta Prince. É igual em todo o lado. Estas semanas são as que custam mais porque o trabalho é exigente.
“É duro em todo o lado porque estamos na pré-época. Basta adaptar-me e tudo fica perfeito”.
Jony tem a facilidade da língua, porque o povo português percebe um pouco de castelhano (ao ouvido é familiar) e se falarem devagar ele também consegue entender e decifrar o que se vai dizendo à sua volta.
A cidade tem encantado, assim como o ambiente que encontrou na equipa. Diz sentir-se feliz pela escolha que fez:
“Estou muito feliz porque o acolhimento que tive dos meus companheiros, staff e técnicos está a ser muito bom. Estou grato porque estão a fazer com que tudo seja tão fácil para um jogador novo e que vem de um outro país como Espanha.”
Vila do Conde está, também, a ter a sua cota parte no bem-estar do jogador.
“Estou ainda a conhecer a cidade. Encantado… até a minha esposa está encantada com Vila do Conde. Tenho tudo para ter uma boa época. Tudo o que é necessário para que um jogador treine e jogue bem, aqui, eu tenho, por isso não falta nada para não correr bem”.
Cidade, família, acolhimento e trabalho. Jony está integrado e identifica-se aos poucos com os métodos de treino e as exigências do treinador.
“O trabalho diário é semelhante ao que se faz em Espanha. Agora há que estar totalmente concentrado e dedicado porque, vindo de outro país, tenho que perceber o que quer o treinador. Cada treinador tem as suas ideias e métodos. Tenho que estar concentrado e dar tudo para concretizar o que pretende de mim e da equipa”.
Jony e Prince confessam-se felizes, dizem-no em francês e castelhano, para já… Prince até garante que em dois meses já o vai dizer em português, com a ajuda de um professor, claro. Lembra que com o italiano foi assim… Mas se calhar ainda ninguém lhe disse que nós temos um autêntico nó cego chamado: gramática. Os tempos verbais e as regras gramaticais se calhar vão ser mais difíceis de anular do que qualquer adversário em campo. Pouco importa… desde que no relvado as coisas corram bem “o resto vem por arrasto”.