Rio Ave de Salto Alto: Andrea Lomba

RAFC – Quem é a Andrea Lomba?

AL – Tenho 35 anos e sou licenciada em Relações Públicas, apesar de neste momento trabalhar numa área distinta. Trabalho na Câmara Municipal de Vila do Conde, na Secção Administrativa do Departamento de Urbanismo. Confesso que não era o emprego que idealizava quando terminei a minha licenciatura, mas gosto bastante do que faço.

Na minha vida pessoal gosto muito de artes e espetáculo, nomeadamente, cinema, teatro, concertos e exposições. Também gosto muito de viajar, apesar de não o fazer tanto quanto gostaria, mas sinto que é muito importante para o nosso desenvolvimento pessoal convivermos e conhecermos culturas diferentes!

Outro dos meus hobbies, desde há muito tempo, é o futebol. Gosto de ver o jogo e de fazer parte do espetáculo. Apesar de ser adepta os homens costumam dizer que eu não percebo nada de futebol, mas eu acho que percebo alguma coisa (risos). O Rio Ave é, logicamente, o meu clube de eleição.

RAFC – Como foi o ingresso no Rio Ave?

AL – A oportunidade de integrar o clube surgiu há um ano. Na altura confesso que fiquei um pouco intimidada pela grandeza do desafio. Assustava-me aceitar um desafio sem ter a certeza de que ia poder dar de mim o que o Clube necessitava e aquilo que eu, achava que devia dar. Mas resolvi aceitar, e até agora está a ser excelente. Pela experiência e pelo grupo de pessoas com quem passei a conviver e a trabalhar e, com quem aprendo muito.

RAFC – Para além de adepta, existe alguma relação com o desporto?

AL – Gosto de praticar desporto por lazer, não por obrigação ou por competição. Assim, gosto muito de fazer caminhadas e outras atividades do mesmo género.

RAFC – Há um ano no clube, como avalia a experiência até agora?

AL – Sinto-me privilegiada por ter integrado o Rio Ave numa altura em que o Clube está muito bem. Por isso tenho muito respeito pelos meus colegas que estavam cá quando o Rio Ave era uma equipa que militava em divisões inferiores, que se deparava com problemas financeiros, mas que com o seu trabalho conseguiram torná-lo num Clube consolidado e forte como é hoje.

Acredito que a partir de agora, com a liderança que existe e com os desenvolvimentos que foram feitos, só podemos melhorar enquanto Clube ou, no limite, estabilizar no patamar alcançado.

No departamento que integro, o de Marketing, sinto que o clube também evoluiu nos últimos anos. A profissionalização foi um passo importante que tem vindo a dar resultados. Pois apesar de nós, diretores, darmos muito ao clube, não dispomos do tempo necessário para desenvolver todo o trabalho.

No âmbito geral sinto que foi um ano muito bom. Eu fui muito bem recebida por todos, o facto de ter muitos homens não causou qualquer problema, acredito que trabalhamos bem em conjunto, cada um com as suas qualidades.

RAFC – Fazendo parte de um Departamento com assento na Reunião de Direção, como funciona o trabalho dentro do grupo de trabalho?

AL – O trabalho tem sido realizado de forma muito fluída e natural. As ideias que temos são levadas à Direção pela Carla Quintans, mas são todas discutidas anteriormente. Naturalmente, temos depois o feedback das decisões tomadas e adequamos o nosso trabalho de acordo com essas indicações. Também com muita frequência reunimos com, os nossos colegas, diretores para a área das Relações Públicas e também com os profissionais do clube.

Um aspeto muito positivo deste trabalho é que o facto de existir uma ligação de companheirismo, e até alguma amizade entre nós, permite-nos trabalhar de uma forma mais informal, partilhando ideias e projectos sem ser necessário marcar reuniões rígidas. No fundo, trabalhamos de forma fluída!

RAFC – Que desafios existem neste momento para o Clube?

AL – Eu acredito que o desafio maior, não só do Departamento de Marketing, mas de toda a Direção, de todo o Clube e todos os Rioavistas, é aumentar o número de sócios. Não será fácil, claro que não, temos alguns contras, mas vamos certamente encontrar os prós e aproveitá-los

RAFC – Falou de um projeto global, de todo o clube, mas tem algum projeto individual que gostasse de ver realizado?

Talvez por ser uma experiência recente, entrei com a vontade e a ambição de aprender, de adquirir conhecimento e experiência com esta equipa. Considero que esse é o projeto individual com o qual entrei no Clube.

No entanto, destaco a Gala do 74º Aniversário do Clube. Não como um projecto a realizar, mas como um momento marcante. A azáfama da organização nem nos permite perceber na íntegra o resultado final, mas sabemos que foi muito apreciada e isso é muito reconfortante.

RAFC – Com a presença de várias mulheres, o Rio Ave é um clube mais feminino?

Sim, sem dúvida, pelo menos mais feminino que os restantes: Isso é evidente quando recebemos e quando visitamos os outros Clubes. Podendo estar a cometer algum erro, julgo que o único clube onde conheci uma directora foi o Vitória Sport Clube.

Outro sinal de que o Rio Ave é, pelo menos mais feminino que os adversários, é-nos dado nos jogos fora de casa com uma questão muito simples: É esposa de quem?

RAFC – Como vê o momento atual do clube?

O Rio Ave está muito bem. A nível desportivo, afirmamo-nos como um clube de 1ª Liga. Estamos no bom caminho, não podemos apontar para o primeiro lugar, claro que é um sonho e é uma ambição poder lá chegar, mas somos realistas e por isso acredito que estamos no bom caminho. Depois, temos uma equipa técnica que, na minha opinião, é muito boa, muito metódica e muito trabalhadora

E temos uma realidade no clube que é muito importante, termos as contas em dia, é importante para o clube se sentir seguro, melhora a imagem que passa e dá estabilidade a quem nele trabalha!

RAFC – Há um ano no clube, já disse que se sente bem, como prevê o futuro?

AL – Continuar ligada ao Rio Ave depende do convite do Presidente, mas também do momento. Tenho de perceber se sou capaz de dar de mim o que o Rio Ave me pede, pois entendo que não faz sentido aceitar uma responsabilidade desta dimensão se não tiver disponibilidade, a todos os níveis, para cumpri-la. Mas, como disse, em primeiro lugar depende da vontade do Clube.

A certeza que fazendo ou não parte da estrutura do Clube continuarei sempre a apoiar o Rio Ave.