Rui Manuel Silva Lopes, sócio número 2986, é a prova provada de que não é só na sede do concelho que existem acérrimos adeptos do Rio Ave.
Natural da freguesia de Vilar, este empregado de hotelaria, com 41 anos de idade, recorda-nos como decidiu filiar-se no Clube do coração.
É uma história muito engraçada. Eu trabalhava em Matosinhos, num restaurante onde iam habitualmente muitos jogadores de futebol, sobretudo do FC Porto, que me desafiavam a entrar para sócio do clube deles só que eu dizia que era do Rio Ave, mas que ainda não era sócio por não ter tempo para ver os jogos. Os anos passaram e como achei que era uma injustiça gostar tanto do Rio Ave e não ser sócio, quando vim trabalhar para Vila do Conde então decidi finalmente fazer-me associado.
Incentivado pelo patrão do restaurante onde trabalha atualmente, Rui Lopes decidiu filiar-se há cerca de 4 anos no emblema vilacondense, mas faz questão de realçar que ainda sou mais obcecado do que ele pelo Rio Ave .
Homem de muita fé, o sócio nº 2986 já fez de tudo ou quase tudo para ajudar a equipa do Rio Ave a vencer os jogos.
Já meti uma imagem de nossa senhora de Fátima em cima da camisola do Hassan, já meti um Buda para dar mais sorte e para ele marcar mais golos. Costumo fazer figas nos jogos, para os nossos adversários falharem lances perigosos, que até me ficam a doer os dedos, sublinha Rui Lopes, acrescentando ainda que já cheguei ao ponto de oferecer uma pedra semi-preciosa a um jogador do Rio Ave para dar sorte, era a chamada pedra Jade que era para todo o plantel ter sorte. Por coincidência foi no jogo com o Nacional, fiquei tão triste e pensei que afinal a pedra deu azar.
Mas as histórias relacionadas com a fé, a sorte e o azar nos jogos do Rio Ave sucedem-se e até já envolveram animais.
Na época passada coloquei uma galinha preta no estádio, mas ela acabou por morrer e não entrou em campo. Atirei-a do exterior do estádio dentro de um saco para a zona que fica atrás da baliza, mas como o embate foi grande a galinha acabou por morrer.
Rui Lopes conta-nos que sofre muito pelo Rio Ave e que quando o Clube perde fica triste e sem apetite. “As pessoas sabem que eu sofro muito pelo Rio Ave e até os clientes do restaurante onde trabalho sentem isso e perguntam sempre pelo resultado dos jogos, rematou.
Admitindo que António Silva Campos é o melhor presidente de todos os tempos” e que “tem feito muito pelo Clube, este associado tem desejo que gostaria de poder cumprir no futuro, ser como o presidente do Rio Ave.
Quem me dera um dia ser como o presidente do Rio Ave, referiu acrescentando que eu sou apenas adepto do Rio Ave, não tenho mais nenhum Clube.