Terminou a aventura do Rio Ave FC na Taça da Liga 2021/2022.
Uma excelente campanha da equipa verde e branca, que deixou pelo caminho Varzim e Arouca nas primeiras eliminatórias, empatou com o Santa Clara na fase de grupos e culminou com grande demonstração de vitalidade, em pleno Dragão, diante do FC Porto.
Mesmo com a natural rotação promovida pelo treinador Luís Freire, tendo em vista o jogo importante, para o campeonato, já no próximo domingo, os jogadores que foram a jogo demonstraram a força que o grupo de trabalho tem e bateram-se olho no olho com o actual líder da 1ª Liga.
Freire conservou no onze apenas Zé Manuel, por comparação com a partida diante do Mafra, no último sábado, e apostou numa linha defensiva com três centrais, onde Pantalon era o central do meio, ladeado por Sávio e Ângelo Meneses (grande jogo deste trio). Nas linhas, Sylla e Fábio Ronaldo deram bons apontamentos, assim como João Graça e Rúben Gonçalves, que mostraram grande segurança no meio-campo rioavista. Ukra regressou de lesão para o lado direito do ataque, com Pedro Mendes a ser a unidade mais ofensiva, tendo no apoio Zé Manuel.
Quanto ao jogo, sabia-se que o Rio Ave FC era a única equipa com hipóteses de ainda atingir a ‘Final Four’ da prova, pese embora a necessidade de vencer por um resultado volumoso.
A formação verde e branca entrou muito bem no jogo e, diga-se, nos primeiros 20 minutos acabou por ser a equipa mais esclarecida com bola, gozando de boa oportunidade para inaugurar o marcador quando, na cobrança de um canto, Ângelo Meneses quase batia Cláudio Ramos.
Do lado do FC Porto, houve mais discernimento no período prévio ao intervalo, tendo Léo Vieira sido obrigado a algumas intervenções de dificuldade acrescida. De resto, refira-se que o guarda-redes brasileiro teve noite muito positiva no Dragão.
No segundo tempo, não obstante o maior número de oportunidades que o FC Porto conseguiu criar, com Sérgio Oliveira, Corona, Toni Martinez e Francisco Conceição como maiores perigos para a baliza rioavista, o grupo treinado por Luís Freire nunca tirou os olhos da baliza portista e aos 83 minutos esteve mesmo na iminência de inaugurar o marcador.
Enorme recuperação de João Graça no meio-campo adversário, brilhante na procura de Zé Manuel no interior da área, para depois o camisola 25 do Rio Ave FC atirar à baliza onde Cláudio Ramos, com o braço esquerdo, fez uma defesa inacreditável a negar o golo.
Não marcou o Rio Ave FC, conseguiu fazê-lo o FC Porto, imediatamente após a perdida rioavista, numa transição rápida que terminou com um cruzamento da direita, defesa de Leo Vieira, e na recarga Pepê atirou de cabeça para o 1-0.
Derrota pela margem mínima na última jornada da fase de grupos da Taça da Liga, mas que termina uma campanha muito positiva da equipa de Luís Freire.
Uma nota especial para André Pereira. O avançado do Rio Ave FC, lesionado desde Janeiro, voltou aos relvados entrando aos 79 minutos para o lugar de Ukra. Um momento de estímulo para o André, mas também para o grupo de trabalho.
Agradecimento também aos adeptos do Rio Ave FC que mesmo neste contexto de adversidade, nas contas da Taça da Liga, e desafiando a noite de um dia de semana, foram ao Dragão apoiar in loco a equipa.
Domingo estaremos novamente juntos para mais uma batalha do campeonato, com uma importante deslocação ao terreno do Casa Pia.
Jogo no Estádio do Dragão, no Porto
Árbitro: Miguel Nogueira
Ao intervalo: 0-0
Marcador: Pepê (83)
Acção disciplinar: cartão amarelo a Ukra (66) e Bruno Costa (68).
FC Porto 1
Cláudio Ramos, Nanu, João Marcelo, Zé Pedro, Wilson Manafá, Francisco Conceição, Bruno Costa, Sérgio Oliveira, Corona, Fábio Vieira e Toni Martinez
Substituições: Corona por Pepê (60), Toni Martinez por Loader (60), Francisco Conceição por Gonçalo Borges (60), Sérgio Oliveira por Bernardo Folha (74) e Nanu por João Mendes (80).
Suplentes não utilizados: Francisco Meixedo, Romain Correia, Mor Ndiaye e Vasco Sousa.
Treinador: Sérgio Conceição
Rio Ave FC 0
Leo Vieira, Sylla, Ângelo Meneses, Renato Pantalon, Sávio, Fábio Ronaldo, João Graça, Rúben Gonçalves, Ukra, Zé Manuel e Pedro Mendes
Substituições: Rúben Gonçalves por Vítor Gomes (72), Pedro Mendes por Joca (72), Sylla por Costinha (79), Ukra por André Pereira (79) e Fábio Ronaldo por Nuno Namora (82).
Suplentes não utilizados: Magrão, Hugo Gomes, Aziz e Anderson.
Treinador: Luís Freire