A última jornada do campeonato podia ser decisiva para a permanência do Rio Ave FC e a equipa sentia a importância do regresso às vitórias para o conseguir.
O jogo em casa do CD Nacional antevia-se muito difícil e decisivo, assim foi, mas a equipa de Miguel Cardoso foi forte, muito forte, do primeiro ao último segundo do jogo, e venceu, com justiça, interrompendo um ciclo que já ia longo sem o sabor do triunfo.
A vitória, porém, manifestou-se curta para garantir a permanência de forma directa, já que os resultados de Portimonense e Boavista foram desfavoráveis. Assim, o Rio Ave FC parte para o play-off diante do 3º classificado da 2ª Liga, ainda a definir, que decidirá, em 2 jogos (casa/fora), quem ocupa a última vaga da 1ª Liga.
Quanto ao jogo desta quarta-feira, na Madeira, que verdadeira final.
O Rio Ave FC encostou o adversário ao seu reduto durante praticamente todo o encontro, acumulou oportunidades claras, umas atrás das outras, mas foi o Nacional, na grande oportunidade de que dispôs no jogo, a inaugurar o marcador aos 11 minutos, por Dudu.
A equipa verde e branca não se deixou abalar pelo golo e continuou motivada. Meshino atirou ao poste aos 16’, Ivo Pinto na recarga obrigou António Filipe a defesa para canto. Insistiu Meshino com um remate rasteiro ao lado, já depois de Carlos Mané ter perdido, na cara do guarda-redes, a oportunidade de marcar, rematando à figura.
Dos outros campos as notícias eram óptimas. Farense já perdia nos Açores, Boavista perdia com o Gil Vicente, pelo que a segunda parte foi sempre encarada com optimismo. A equipa manteve-se focada na tarefa e o golo de Santos, num pontapé de canto, desbloqueou o jogo para os rioavistas.
Seguiram-se perdidas flagrantes para o Rio Ave FC configurar a cambalhota. Francisco Geraldes de cabeça atirou a rasar o poste, Júnior Brandão, por duas vezes, perdeu o duelo com António Filipe, Gelson Dala rematou por cima, Pedro Amaral viu o guarda-redes do Nacional evitar um golo cantado, enfim, foram imensas as ocasiões mas foi preciso segurar o coração até aos 90+4 quando Carlos Mané, de cabeça (!), bateu finalmente António Filipe e pôs o Rio Ave FC na frente.
Porém, a vitória obtida de penálti, pelo Boavista, já nos minutos finais, tirou ao Rio Ave FC a possibilidade de garantir já a permanência, algo que terá agora de selar num play-off a duas mãos que será realizado a 26 e 30 deste mês, com hora a definir.
Que esta garra, esta união, este querer e ambição nos garantam, no play-off, o lugar que o Rio Ave FC merece nesta 1ª Liga. Até ao fim, vamos conseguir!
Jogo no Estádio da Madeira, na Choupana (Madeira)
Árbitro: Artur Soares Dias
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Dudu (11), Santos (51) e Carlos Mané (90+4)
Acção disciplinar: cartão amarelo a Azouni (16) e Filipe Augusto (84).
CD Nacional 1
António Filipe, Lucas Kal, Pedrão, Júlio César, Witi, Alhassan, Azouni, Eber Bessa, Dudu, Rochez e Brayan Riascos
Substituições: Dudu por João Vigário (25), Éber Bessa por Rouai (46), Rochez por Pedro Mendes (46), Witi por Gorré (56) e Alhassan por Rúben Micael (71).
Suplentes não utilizados: Riccardo, Danilovic, Koziello e Bobál.
Treinador: Manuel Machado
Rio Ave FC 2
Kieszek, Ivo Pinto, Toni Borevkovic, Santos, Pedro Amaral, Filipe Augusto, Pelé, Guga, Carlos Mané, Meshino e Gelson Dala
Substituições: Guga por Francisco Geraldes (62), Meshino por Júnior Brandão (73), Pelé por Sávio (87) e Pedro Amaral por Gabrielzinho (87).
Suplentes não utilizados: Leo Vieira, Nélson Monte, Tarantini, Anderson e Costinha.
Treinador: Miguel Cardoso