Importante passo em frente do Rio Ave FC, na tarde deste domingo, ao vencer o Nacional da Madeira.
Era o grande jogo da jornada, entre duas equipas habituadas a estar um degrau acima no futebol profissional, sérias candidatas aos lugares de subida, e cumpriu com o prometido, tornando-se num encontro muito disputado e onde a capacidade colectiva de cada um dos conjuntos foi posta à prova.
Entraram bem os madeirenses que cedo causaram calafrios ao guardião Jhonatan. Um lance nos primeiros minutos da partida teve o guarda-redes como protagonista com defesa apertada e depois o travessão deu uma ajuda na recarga.
Guga com um remate rasteiro e à figura teve o ataque mais consistente à baliza de António Filipe, numa primeira parte com ascendente forasteiro pese embora a deficiente finalização que não foi capaz de bater Jhonatan.
Na segunda parte o Rio Ave FC conseguiu que a entrega colectiva se transformasse em oportunidades de golo e esteve muito perto de o conseguir por Aziz. Numa reposição de bola longa por Jhonatan, o avançado ganês isolou-se e de cabeça desenhou um chapéu quase perfeito ao guardião madeirense. Quase, pois António Filipe esticou-se todo para a defesa da tarde que negou o primeiro dos rioavistas.
Conseguiu a equipa verde e branca o tão desejado golo aos 64 minutos.
Boa jogada delineada pela direita do ataque, cruzamento para Pedro Mendes, a bola sobrou para a entrada da área onde o pé canhão de Vítor Gomes fez estragos. Golaço do capitão rioavista a deixar em delírio os adeptos e todos quantos pelos quatro cantos do Mundo torcem por cada vitória do Rio Ave FC. Que momento!
O golo deu ainda mais alma aos homens da caravela que nos minutos seguintes ameaçaram o golpe final ao Nacional.
Não o conseguindo, aumentou a esperança alvinegra para o último quarto de hora mas a defesa verde e branca (que jogaço de Pedro Amaral, Santos, Hugo Gomes, Sylla – substituiu o lesionado Costinha – e Jhonatan) foi anulando todas as tentativas dos visitantes.
Foi uma vitória de raça, suada, mas que o Rio Ave FC fez também por merecer, pela abnegação e entrega total dos seus jogadores durante toda a partida, e conseguido, porventura, pela primeira vez esta época, vencer um jogo menos produtivo em termos exibicionais, mas fazendo jus à velha máxima no futebol: não se fazem campeões sem alguma felicidade.
Por outro lado, hoje, em campo, estava um adversário experiente, sério candidato assumido à subida de divisão, duas vezes campeão do escalão nas últimas temporadas e com um plantel também ele forte e experiente. No futebol já não há almoços grátis, e só o tempo mostrará o quão importante uma vitória como esta pode ter sido.
Na próxima jornada, o Rio Ave FC visita a casa do SL Benfica B, para a 13ª jornada da Liga 2.
Jogo no Estádio do Rio Ave FC, em Vila do Conde
Árbitro: Hélder Carvalho
Ao intervalo: 0-0
Marcador: Vítor Gomes (64)
Acção disciplinar: cartão amarelo a Guga (11), Vítor Gomes (21), Santos (35), João Camacho (38), Zé Manuel (49), Danilovic (90+2) e Rúben Freitas (90+4). Cartão vermelho direto a Gualter Pires, delegado do Rio2 Ave FC, e a Manuel Saturnino, delegado do CD Nacional.
Rio Ave FC 1
Jhonatan, Sylla, Santos, Hugo Gomes, Pedro Amaral, Vítor Gomes, Guga, Joca, Zé Manuel, Gabrielzinho e Aziz
Substituições: Zé Manuel por Pedro Mendes (60), Vítor Gomes por Rúben Gonçalves (70), Gabrielzinho por Ângelo (86) e Joca por Fábio Ronaldo (86).
Suplentes não utilizados: Leo Vieira, João Graça, Sávio, Renato Pantalon e Anderson.
Treinador: Luís Freire
CD Nacional 0
António Filipe, Rúben Freitas, Rui Correia, Júlio César, Witi, Francisco Ramos, Danilovic, Vítor Gonçalves, Marco Matias, Róchez e João Camacho
Substituições: Vítor Gonçalves por Dudu (84), Francisco por Boubacar Konte (90+2), João Camacho por Alhassan (90+2) e Witi por Bosic (90+5).
Suplentes não utilizados: Vagner, Rafael Vieira, Chaby, Suliman e Jota.
Treinador: Rui Borges