O Rio Ave FC recebeu, esta tarde, a visita de várias entidades no âmbito do licenciamento dos estádios para a época 2020-2021.
Liga de Clubes, MAI, representantes nas forças de segurança policial, Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto e o Rio Ave FC debateram as condições exigidas por lei para que o nosso estádio seja aprovado e licenciado.
O tema que acabou por ser o mais debatido e que levanta maiores preocupações da parte do Clube (como tal acontecerá com outros congéneres) foi a aplicação do novo Regime Jurídico da Segurança no Desporto.
Um pacote de decisões no âmbito do melhoramento da segurança no desporto que prevê alterações profundas às sociedades desportivas e que sem o cumprimento das quais a Liga não poderá licenciar os espaços desportivos, cumprindo o legislado.
Além da introdução da obrigatoriedade do “cartão do adepto” para todos os elementos das claques (sem os quais não poderão fazer parte das mesmas nem aceder aos seus espaços) haverá a obrigação de criação de espaços e acessos próprios e segregados para os GOA (Grupo Organizado de Adeptos), vulgo claques.
Só nestes espaços serão admitidos os habituais materiais das claques (bombos e bandeiras) transportados pelos adeptos identificados com o cartão mencionado.
Esta normativa do Ministério da Administração Interna, obriga a que os adeptos da claque visitante, mas também os adeptos das claques da equipa da casa tenham acessos e zonas nos estádios exclusivos e segregados do restante público, com todas as mais valências de instalações sanitárias e bar de apoio. Uma exigência que não será fácil de solucionar dadas as dificuldades estruturais da maior parte dos estádios dos clubes da 1ª e 2ª Liga, mas que sem a qual não se tem o recinto licenciado.
A abordagem a estas alterações exige um tratamento do assunto cuidado e reflectido, ainda que os prazos reduzam o raio de decisão e acção. Os temas e as decisões irão também certamente provocar desagrados e desconforto da parte dos adeptos sem que as sociedades desportivas possam ou tenham responsabilidade no impacto das medidas.