Rio Ave no Jamor

“Motivação, ambição e história”, foi com estas palavras que Nuno Espírito Santo lançou o jogo de hoje, e foi com esta atitude que o Rio Ave garantiu o acesso à Final da Taça de Portugal.

Vila do Conde apoiou em peso a equipa, na maior enchente da época, criando um ambiente que elevou ainda mais a garra dos jogadores e que proporcionou uma grande festa no final.

Num jogo de decisões, foi a garra vila-condense, característica de um povo ligado ao mar, que determinou a vitória do Rio Ave, os verde e brancos entraram em campo com uma grande intensidade e uma grande vontade de tornar a fazer história.

Aos dez minutos era possível adivinhar que o jogo prometia, o Rio Ave chegava com facilidade ao último terço do terreno e foi Tarantini o primeiro a ameaçar, de cabeça. Pedro Santos explorou muitas vezes a ala direita do ataque e numa das investidas colocou na área em Ukra, que rematou para defesa de Eduardo.

O Braga procurava responder ao ímpeto rioavista, mas sem conseguir criar verdadeiros lances de perigo junto da baliza de Ederson. Até que, perto da meia hora, Ukra bate um livre descaído para a esquerda, atira à baliza e inaugura o marcador. Começava aqui a festa.

Os minutos seguintes foram de domínio rioavista, com vários ataques e mais alguns remates de perigo. Até ao intervalo, só por uma vez o Braga conseguiu criar perigo na área vila-condense.

A segunda parte começou sem alterações nas equipas, mas com o jogo mais dividido, o Braga corria atrás do resultado, mas nem por isso ganhou o domínio de jogo, havendo lances de perigo para ambas as equipas. Nuno Espírito Santo fez a primeira substituição aos 65 minutos, tirou Pedro Santos para colocar em campo Rúben Ribeiro, a escolha foi acertada pois o médio português, apontou o 2-0 5 minutos após ter entrado.

Ruben, recebeu a bola na esquerda do ataque, flectiu para o centro e de pé direito arrancou um remate, que mesmo tocado por Eduardo só parou no fundo da baliza. O Estádio levantou-se e começou logo a festejar o apuramento para o Jamor num ambiente de festa que ainda não tinha sido vivido esta época.

A partir dos 70 minutos o jogo tornou-se mais quebrado, a equipa do Braga tentava chegar rapidamente à frente, enquanto o Rio Ave procurava defender bem para sair em jogadas rápidas de ataque e assim ameaçar a defesa minhota. Foi o que aconteceu, pois nem nos minutos finais os comandados de Nuno Espírito Santo perderam o controlo do jogo.

No final a festa foi verde e branca, jogadores, equipa técnica, dirigentes e adeptos e festejaram juntos a realização de um sonho. A chegada ao Jamor, 30 anos depois da única final na História do Rio Ave, e o consequente apuramento para as competições europeias.

 

Rio Ave!

Rumo ao Jamor!