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Estádio do Rio Ave Futebol Clube
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Jogador Em Foco: Vitor Hugo (Parte 1)

 

Vitor Hugo é guarda-redes de futsal do Rio Ave Futebol Clube e tem estado em destaque na excelente campanha que o Clube de Vila do Conde tem vindo a realizar.

Em entrevista ao site oficial, o guardião falou de diversos pormenores do seu percurso pessoal e profissional.

Na primeira parte da conversa, Vitor Hugo contou como iniciou a prática do futsal e relatouos primeiro objetivos traçados e alcançados.

RAFC: Como iniciaste a prática do futsal?
Vitor Hugo:
A minha ligação começou quando tinha oito anos. No bairro onde morava, Campinas, em Ramalde, existia um ringue e todos os miúdos queriam lá jogar. Obviamente eu não era exceção e por isso juntei-me a um grupo de amigos para jogarmos futebol de salão. Na época não existia futsal.

RAFC: E não pensaste em algum momento jogar futebol de onze?
Vitor Hugo:
É certo que o futebol de onze recebe mais atenção mas como o ringue era mesmo ao pé de minha casa nunca pensei em deixar o futebol de salão, opção que mantenho até ao dia de hoje.

RAFC: Sempre quiseres ser guarda-redes?
Vitor Hugo:
Enquanto crianças todos nós queremos marcar golos e eu não era exceção (risos). Mas na verdade sempre achei a posição de guarda-redes a mais bonita. É a minha opinião, claro. No meu bairro, quando chegou o momento de formarmos a equipa, só existia um guarda-redes, então pensei que podia ser a minha oportunidade. E havia ainda o acréscimo de eu ter um fascínio enorme por calçar as luvas de guarda-redes.

RAFC: Luvas que curiosamente agora nem usas…
Vitor Hugo:
(risos) É verdade. Em futebol de salão era tradicional usar luvas, mas no futsal não, há imenso tempo que não calço luvas de guarda-redes. Mas mesmo sem luvas continuo a achar que guarda-redes é a posição mais linda! (risos)

RAFC: Concordas que é preciso ter uma dose de loucura para se ser guarda-redes?
Vitor Hugo:
Admito que sim, se bem que é preciso mesmo é imensa coragem. Levar com bolas no corpo ou na cara não está ao alcance de qualquer um, é precisa coragem em dose considerável e, sem dúvida, alguma loucura.

RAFC: Qual foi o teu percurso no futsal?
Vitor Hugo:
Tal como já referi comecei a jogar no Campinas e daí saí para o Boavista FC onde estive seis anos. Recebi entretanto o convite para representar a Fundação Jorge Antunes, fui para o SL Benfica e agora estou no Rio Ave FC.

RAFC: Foi com a ida para o Boavista FC que decidiste investir decisivamente no futsal?
Vitor Hugo:
Eu nunca imaginei chegar ao nível actual mas era com esse sonho que treinava diariamente e que me empenhava continuamente nas camadas jovens.

RAFC: Quais os efeitos da mudança do Campinas para o Boavista FC?
Vitor Hugo:
O Boavista sempre foi, e continua a ser, uma grande escola de futsal. O impato não foi muito forte pois fui acompanhado de três colegas meus. Um dos directores do Boavista viu-nos a jogar e convidou-nos. Entendo que a fase da carreira que causa mais impato é a passagem de júnior para sénior. Nesses momentos em que não somos convocados, temos de manter a cabeça fria e trabalhar até que chegue a nossa oportunidade.

RAFC: Foi essa a fase que viveste coma camisola da Fundação Jorge Antunes?
Vitor Hugo:
Sim, na Fundação assumi o papel de profissional e o impato é muito forte. Passei a treinar duas vezes por dia. Digamos que passava a maior parte do meu tempo no pavilhão. Assumi definitivamente que o meu futuro era o futsal.

RAFC: Como surge a tua ida para o SL Benfica?
Vitor Hugo:
A primeira abordagem do Benfica surgiu ainda na fase em que me transferi para a Fundação Jorge Antunes. Naquela altura achei que era muito novo e entendi ser melhor ficar perto da minha família. Posteriormente, e muito em parte graças às excelentes épocas que o Fundação vinha a realizar, o Benfica voltou a abordar-me e aí não recusei o convite.

RAFC: Depois de estares no Benfica chegaste a arrepender-te de não teres aceite o primeiro convite?
Vitor Hugo:
Sim, depois sim. Sem qualquer disprimor para a Fundação, equipa que adorei representar, realmente o Benfica tem ao seu redor uma mística que envolve os jogadores.

RAFC: Encontraste nos encarnados uma concorrência elevada…
Vitor Hugo:
É verdade, o Benfica tinha excelentes guarda-redes e foi muito bom ser parte integrante desse grupo. Existir sim uma concorrência forte, mas acima de tudo saudável. Eramos e ainda somos todos amigos, são ligações que acabam por perdurar no tempo.

RAFC: Estiveste ligado a momentos importantes do Benfica. O que ficou por conquistar?
Vitor Hugo:
Julgo que apenas ficou por vencer a UEFA Cup porque em Portugal ganhamos, na época, tudo que era possível.
(continua)