«O Rio Ave merece outra final»

Jorge Joaquim Pinto Carvalho nasceu, em Amarante, no dia 25 julho de 1960 (53 anos), mas está radicado em Vila do Conde há mais de três décadas.

O empresário da restauração foi jogador do Rio Ave durante seis temporadas, entre 1982-1983 e 1986-1987, tendo saído para o Sporting de Espinho e regressado ao emblema verde e branco em 1988-1989.

Ao todo foram quatro épocas na 1ª divisão e duas temporadas no segundo escalão, ao serviço da principal agremiação desportiva de Vila do Conde.

Um dos momentos altos da carreira deste antigo médio, ao serviço do Rio Ave, foi a presença na final da Taça de Portugal, disputada no dia 1 de maio de 1984.

 O Rio Ave, então treinado por Mourinho Félix (pai de José Mourinho), alinhou com os seguintes jogadores: Alfredo; Sérgio, Baltemar Brito, Antero e Duarte; Carvalho, Adérito (Pinto), Carlos Manuel e Cabumba (N’Habola); Pires e Casaca.

O jogo, que foi apitado pelo lisboeta Vítor Correia, terminou com a vitória do FC Porto por 4-1 com golos apontados por António Sousa (20′), Fernando Gomes (28′), Vermelhinho (38′) e António Sousa (52′).

O golo de honra do Rio Ave pertenceu a N’Habola (90′).

 Numa altura em que se assinalam 30 anos sobre a presença do Rio Ave na final do Jamor, Jorge Carvalho sublinha que “seria ótimo porque o Rio Ave com os anos que tem de primeira divisão e com o palmarés que já tem merece, sem margem para dúvidas, outra final da taça de Portugal. Temos que ver que já andou perto de lá chegar por mais que uma vez, por isso vamos ver se este ano se concretiza”.

O antigo médio do Rio Ave deixa até uma promessa “caso isso aconteça eu vou estar presente no Jamor onde nunca mais voltei desde 1984 porque não tenho possibilidades de me ausentar de Vila do Conde. Gostaria que o Rio Ave voltasse a mais uma final, a final da taça de Portugal é no palmarés do Rio Ave o momento mais notório”.

Na caminhada até à final da Taça de Portugal, Jorge Carvalho acabaria por se tornar no melhor marcador da equipa em toda a prova.

“Naquela altura acho que fui o melhor marcador da taça de Portugal, não tenho presente quantos golos marquei, mas acho que fui o melhor marcador nos jogos que fizemos até à final da Taça de Portugal”, recordou.

O ex-jogador do Rio Ave conta ainda que “o jogo com o Guimarães, nas meias-finais, foi muito difícil porque se realizou a duas mãos. Esse foi o momento que mais me marcou antes de chegarmos à final”.

Nas seis temporadas em que representou o Rio Ave, este Amarantino de gema e Vila-condense por adoção esteve presente na final da taça de Portugal, participou na subida da equipa à primeira divisão sem ter sofrido qualquer derrota e integrou ainda o plantel na melhor época de sempre do Clube, em termos classificativos, com a obtenção do quinto lugar.

“Estou satisfeito relativamente a Vila do Conde e ao Rio Ave, sinto-me honrado e satisfeito por aquilo que fiz”, desabafou.