Faltou um golo para a vitória que se merecia

O clássico Rio Ave FC vs Varzim SC foi quente, animou as bancadas, aumentou a adrenalina e avivou a rivalidade de décadas entre os dois emblemas vizinhos mas, no final, ninguém festejou.

Com efeito, o jogo terminou com igualdade e não satisfez a ambição das duas equipas, sendo que os rioavistas, pelo caudal de jogo ofensivo criado, pelas oportunidades claras de golo, mesmo em inferioridade numérica, mereciam ter saído do encontro com a vitória.

O ambiente, apesar da estranha hora deste domingo (12h45), esteve animado desde a chegada das equipas até ao último apito de António Nobre, e a motivação dos jogadores era evidente na disputa de cada lance.

Aos 6 minutos, a sorte até sorriu aos visitantes, que após um lançamento beneficiam de clara posição irregular de Agdon para, numa recarga após importante defesa de Jhonatan, avançarem no marcador.

A contrariedade não tirou foco e discernimento à formação verde e branca que depressa pegou na batuta do jogo e delineou ataques promissores à baliza de Ricardo.

Num dos mais perigosos haveria de chegar ao empate, ao minuto 37, com Joca a servir Pedro Mendes de bandeja e este a finalizar com mestria.

Ao intervalo o resultado condizia pouco com a superioridade rioavista mas abria perspectivas de vitória.

Luís Freire foi forçado a tirar Santos do centro da defesa no descanso (central sofreu um choque de cabeça no primeiro tempo que o deixou sem condições clínicas para prosseguir) e Hugo Gomes ocupou a vaga.

O Rio Ave FC esteve sempre mais próximo do segundo golo e a toada não se alterou mesmo quando Vítor Gomes foi expulso, com vermelho directo, ao minuto 70.

De resto, as melhores oportunidades continuaram a ser da equipa de Luís Freire. Aziz e Pedro Mendes combinaram numa das melhores jogadas do encontro e o ganês acabou a rematar com perigo mas André Micael tirou de carrinho.

O mesmo Aziz que podia ter dado, já perto do final, a vitória aos rioavistas, num lance em que defesa e guarda-redes visitante se desentendem e o avançado verde e branco, com a baliza aberta, pese embora o desequilíbrio, não consegue fazer o golo.

Registo ainda para um canto onde Hugo Gomes quase faz um golo extraordinário, de calcanhar.

Houve mais Rio Ave FC em campo, houve mais Rio Ave FC nas bancadas, só faltou, como dizia Guga no final, uma “pontinha de eficácia” para decidir o clássico para o lado que mais merecia vencer.

A maratona da Liga 2 prossegue e, quarta-feira, pelas 17 horas, há acerto de calendário na recepção ao Sporting da Covilhã, jogo referente à 16ª jornada.

Jogo no Estádio do Rio Ave FC, em Vila do Conde
Árbitro: António Nobre
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Agdon (6) e Pedro Mendes (37).
Acção disciplinar: cartão amarelo a Renato Pantalon (44), Cássio (45), André Leão (54), Pedro Mendes (54), Rego (75), Leandro (79) e Zé Manuel (90+5). Cartão vermelho directo a Vitor Gomes (70).

Rio Ave FC 1
Jhonatan, Costinha, Santos, Pantalon, Sávio, Gabrielzinho, Guga, Amine, Joca, Pedro Mendes e Aziz
Substituições: Santos por Hugo Gomes (46), Amine por Vítor Gomes (66), Joca por Zé Manuel (66), Pedro Mendes por Ukra (85) e Gabrielzinho por João Graça (85).
Suplentes não utilizados: Leo Vieira, Fabrice Olinga, Ronan e Sylla.
Treinador: Luís Freire

Varzim SC 1
Ricardo, Cássio, André Micael, Leandro, Rego, Zé Carlos, André Leão, Zé Tiago, Bruno Tavares, Agdon e Heliardo
Substituições: Bruno Tavares por George Ofosu (66), Agdon por Tomás (81), André Leão por Tavinho (81) e Zé Carlos por Assis (88).
Suplentes não utilizados: Tiago Pereira, Raí Ramos, Nuno Valente, Cerveira e Pinheiro.
Treinador: Pedro Miguel