O médio do Rio Ave FC, Pelé, foi eleito um dos 100 jovens mais influentes da Lusofonia em 2020.
Numa acção promovida pela Academia Neoafricana, uma instituição de formação de líderes africanos da Lusofonia, que tem sido bastante noticiada nos países de expressão portuguesa, o jogador guineense, de 29 anos, é um dos jovens considerados mais impactantes junto da comunidade lusófona.
Esta eleição foi organizada, também, em parceria com o Instituto para a Promoção da América Latina e Caraíbas (IPDAL) e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e teve como objectivo fundamental seleccionar os 100 jovens mais influentes do espaço internacional da lusofonia pelo impacto, a relevância e a criatividade que tiveram durante o ano 2020.
As áreas que estiveram em apreciação foram Cultura e Educação, Economia, Artes Plásticas e Literatura, Cinema, Teatro e Televisão, Design e Moda, Tecnologia e Inovação, Arquitectura e Urbanismo, Desportos, Política e Direitos Humanos, Empreendedorismo, entre outras.
Da lista, fazem parte jovens de diferentes nacionalidades, nomeadamente Portugal, Cabo Verde, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Brasil e São Tomé e Príncipe.
Pelé, que representa esta temporada, pela segunda vez na carreira, o Rio Ave FC, falou ao rioavefc.pt sobre esta eleição, reflectindo sobre a importância desta eleição e o que ela representa: “Se eu puder ajudar positivamente os jovens com a minha trajetória é algo positivo e que me deixa orgulhoso. As camadas mais jovens são facilmente influenciáveis mas precisam de bons exemplos, pois é nesta altura que começam a criar os seus objectivos de vida e a lutar por eles. Mas precisam de saber como o fazer e como contornar as dificuldades que terão com trabalho árduo, percebendo que a vida não é tão cor-de-rosa como possa parecer. Ser eleito um dos 100 jovens mais influentes, que desde já agradeço, é uma responsabilidade acrescida mas também me diz que tenho sido um bom exemplo para os mais jovens, pela minha conduta, pelos valores que passo, pela retidão com que levo a vida e pelo empenho que coloco na concretização dos meus objectivos”.
O médio guineense acrescentou-nos ainda as preocupações que tem com aquilo que diz e faz no seu dia-a-dia, compreendendo que o mediatismo que carrega – é seguido por milhares de pessoas nas redes sociais – influencia outros: “Sim, tomo sempre o maior cuidado possível no que partilho nas redes sociais, por exemplo. Tenho a perfeita noção que sou visto por muita gente, de várias idades, mas sobretudo jovens, e isso significa que posso estar a mudar a vida de alguém quando passo uma boa mensagem no meu instagram por exemplo, quando alerto para alguns perigos da vida, quando assinalo causas sociais que eu julgo serem importantes para envolver a comunidade, etc. Nós, jogadores profissionais, devemos ter consciência do peso que temos junto dos nossos seguidores, e da responsabilidade que também carregamos”.