Uma jornada marcada por um momento difícil depois da notícia da perda de Atsu, atleta que representou os dois emblemas, e que – confirmou-se hoje – acabou por ser uma das vítimas do terramoto que abalou a Turquia e a Síria. Antes do apito inicial, houve lugar a uma sentida homenagem no relvado.
Depois de uma vitória frente ao Estoril Praia, o Rio Ave FC tinha como objectivo manter o bom momento e, verdade seja dita, pela exibição que fez merecia bem mais do que sair do Estádio do Dragão sem pontos.
A equipa defrontou o FC Porto olhos-nos-olhos e conseguiu criar muitas dificuldades à equipa da casa.
A formação rioavista, desta vez com Santos – que regressou após duas jornadas a cumprir castigo – deixou em campo o verdadeiro espírito rioavista e, tal como disse Guga, demonstrou ter uma grande capacidade de luta e o importante é transportar esta vontade para as próximas batalhas.
Aos 23′, após uma boa jogada colectiva, Samaris cruzou para o cabeceamento de Boateng, acabando por ver a bola bater no poste. André Pereira apareceu na recarga, conseguindo colocar a bola no fundo das redes de Diogo Costa mas foi assinalado fora de jogo. Cinco minutos depois, Samaris marcou um livre de forma irrepreensível, mas o lance termina com a defesa do guardião da casa. Aos 31´, um tiro de Guga de fora da área para mais uma boa defesa de Diogo Costa. Breves minutos depois, o capitão rioavista tentou novamente a sua sorte, mas não foi suficiente para ver a bola entrar na baliza.
Aos 29′, foi erradamente assinalada uma falta, na área, de Boateng sobre Pepe, sendo que foi o central portista a abalroar o avançado do Rio Ave FC.
Com o Rio Ave FC por cima do jogo e a conseguir implementar as suas ideias, aos 44′ e contra a tendência da partida, o FC Porto acaba por conseguir marcar pelos pés de Toni Martinez.
O Rio Ave FC chegou ao intervalo com desvantagem no marcador, mas a verdade é que a equipa vilacondense fechou a primeira parte a criar muitas dificuldades ao FC Porto e assinou a autoria das melhores oportunidades.
Na segunda parte o Rio Ave FC tentou dar a volta ao resultado, mas o FC Porto regressou do balneário com uma dose extra de confiança. Ainda assim, a formação vilacondense não baixou os braços e, se por um lado, foi impedindo o grupo orientado por Sérgio Conceição de aumentar a vantagem, por outro, foi continuando a deixar Diogo Costa de sobreaviso.
Aos 58′, Boateng fica a milímetros de marcar, com a bola a rasar o poste esquerdo. Aos 75′, Ruiz teve uma boa oportunidade para marcar depois de uma falha de Diogo Costa, mas o avançado rioavista viu Zaidu a impedir o golo. Aos 85′, o árbitro assinala uma suposta mão de Hernâni, interrompendo uma jogada perigosa da formação do Rio Ave FC. Falta, essa, inexistente, visto que a bola acaba por tocar na barriga do avançado. Perto do fim do tempo regulamentar, ainda houve tempo para que Pantalon brilhasse com um grande corte dentro da pequena área, evitando o 2-0. Aos 90+4′ Jhonatan impede a tentativa de Grujic e dois minutos depois, Boateng falhou um cabeceamento que podia ter dado empate num dos últimos lances da partida.
Luís Freire salientou o facto da equipa ter conseguido manter sempre a postura certa no jogo e que “o objectivo é, na próxima jornada, junto dos nossos adeptos, manter esta personalidade e esta vontade”.
Assim, no próximo domingo, às 15H30, esperamos reunir novamente a família, no Rio Ave FC vs. GD Chaves.
Jogo no Estádio do Dragão, no Porto.
Árbitro: Vítor Ferreira
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Tony Martinez (44′)
Acção disciplinar: cartão amarelo a Fábio Ronaldo (31′), Pantalon (44′), João Mário (65′), André Pereira (67′), Pepê (90+1′)
FC Porto 1
Diogo Costa, João Mário, Pepe, Iván Marcano, Wendell, Marko Grujic, André Franco, Eustáquio, Mehdi Taremi, Toni Martínez, Pepê.
Substituições: Taremi por Gonçalo Borges (74′), Wendell por Zaidu (74′), Toni Martinez por Bernardo Folha (82′), André Franco por Namasco (83′),
Suplentes não utilizados: Cláudio Ramos, David Carmo, Rodrigo Conceição, Fernando Andrade, Vasco, e Bernardo Folha.
Treinador: Sérgio Conceição.
Rio Ave FC 0
Jhonatan, Costinha, Josué, Pantalon, Santos, Samaris, João Graça, Guga, Boateng, André Pereira e Fábio Ronaldo.
Substituições: João Graça por Baeza (69′), André Pereira por Ruiz (69′), Samaris por Hernâni (81′), Josué por Sávio (81′), Costinha por Paulo Vítor (83′)
Suplentes não utilizados: Magrão, Nóbrega, Patrick William, Ukra.
Treinador: Luís Freire