Tarantini à beira dos 300

Caso seja utilizado pelo treinador Luis Castro no próximo jogo, com o Arouca, Tarantini fará o seu 300º jogo pelo Rio Ave FC.

Ricardo José Vaz Alves Monteiro, Tarantini, chegou ao Rio Ave FC na época de 2008/09, vindo do Portimonense, da 2ª Liga.

Para tras ficava ainda o Sp. da Covilhã que o recebeu vindo do Amarante e das terras longínquas de Baião.

Na primeira temporada, “Tara”, jogou “apenas” 26 jogos oficiais. A sua presença começava a ser assídua e a mostrar-se um dos jogadores mais utilizados ao longo dos anos. De 2009 em diante não fez menos de 30 jogos por época, sendo de uma regularidade impressionante e denotando a importância que os treinadores foram vendo no médio, como João Eusébio, Carlos Brito, Nuno Espirito Santo, Pedro Martins, Capucho ou Luis Castro.

Aos 33 anos, Tarantini soma 299 jogos, 28 golos e 23.151 minutos pelo nosso Clube, divididos pelas competições nacionais (primeira Liga, Taça de Portugal, Taça da Liga, Supertaça e Liga Europa).

É um dos capitães de equipa, com Vilas Boas e Marcelo e uma das referências do clube para os mais novos.

É também já um exemplo e uma referência para todos os desportistas pela missão que adoptou em apelar à aposta nos estudos e à gestão da carreira profissional de forma responsável. Com o Mestrado em Desporto, Tara pensa agora no Doutoramento e em continuar a sentir o prazer de jogar, no clube e na cidade que sente sua.

O “Mestre” Tarantini confessa sentir o mesmo prazer, cada vez que entra em campo, como sentia, quando criança ainda sonhava em conseguir ser profissional.

“Quando vim para o Rio Ave FC, para a 1ª Liga, foi um passo enorme na minha vida. Quando olho para trás vejo todo este percurso realizado e sinto orgulho na escolha que fiz e no empenho que sempre depositei em cada dia.

Sem esquecer as minhas raízes, sinto esta cidade, Vila do Conde, e este Clube, o Rio Ave FC,, como parte de mim. Crescemos juntos. Não importa ser ou não referência do Rio Ave FC, até porque há nomes como Niquinha ou o Gama que estão na História do Rio Ave. Depois há outros como o Vilas Boas, que é o capitão, e é a cara do Rio Ave FC, personificando a garra e a entrega destas gentes ou tantos outros que por cá passaram e ainda continuam a fazer parte deste Clube, contribuindo em vários papeis. 

Mas confesso que sinto orgulho e prazer nestes 299 jogos somados pelo Clube. Se o mister assim o pretender e quando o pretender farei o jogo 300, depois o 301, 2, 3, 4 e por aí fora. O que importa é continuar a sentir esta alegria e esta força cá dentro como se fosse o primeiro dia.

A mensagem que deixo a todos os atletas da nossa formação é que acreditem sempre nas vossas capacidades e nunca se deixem levar pela ideia errada de que as coisas acontecem por acaso e sem esforço. Sem trabalho o “menino” de Baião nunca teria a possibilidade de fazer 300 jogos num Clube de 1ª Liga e com o prestigio do nosso.

Aos nossos sócios digo apenas… OBRIGADO POR TUDO, sem eles não do que fazemos tem sentido. Aos meus colegas, treinadores e dirigentes ao longo de todos estes 299 jogos digo também obrigado. Sou apenas uma pequena peça numa máquina perfeita que trabalha bem e nos engrandece.”