Faz agora um ano que o Presidente da Direção me desafiou para algo tão original no nosso Clube que ainda nem consta dos Estatutos.
Aceitei, como expliquei então, porque considero que se queremos o melhor para o nosso Clube também temos de tentar dar o melhor de nós. Se acharam que eu poderia ajudar, quem seria eu para o contrariar?
Aceitei sem condições, tal como nenhuma condição me foi posta. Puro entusiasmo.
Mas o ano não foi fácil.
Foi ano em que nos voltamos a lembrar o que é descer de divisão e foi um ano inteiro de pandemia.
Foi também um ano em que ‘aprendi’ a ser Provedor do Adepto e a Direção aprendeu a lidar com alguém que, não tendo sido eleito nem fazendo parte dos corpos sociais, tem a difícil tarefa de ser independente – lembro-me que um adepto me contactou no final da época passada com um ‘caso’ que não considerei relevante (envolvia esse adepto e o último treinador) e que, nessa situação, foi o adepto a ficar contra o Provedor.
Parte do trabalho realizado está publicado neste mesmo espaço. Podia ter sido mais, se calhar podia ter sido menos – foi apenas o que consegui.
Mas há uma parte ‘invisível’, que resulta do diálogo, quase sempre por correio eletrónico, entre adeptos e Provedor. Mais de uma dezena de adeptos (incluindo, claro, sócios) contactaram mais de duas dezenas de vezes o Provedor e obtiveram sempre resposta – exceto, lá está, se achei que o caso exposto não tinha relevância, o que foi uma situação excecional.
Neste segundo ano, os objetivos mantêm-se: fazer de ponte com a Direção, procurando obter informações e respostas para os adeptos, tomar as posições que em cada momento fizerem sentido e, principal desafio, contribuir para uma revisão o mais participada e rica possível dos Estatutos – onde, estou certo, finalmente veremos consagrada a figura do provedor.
O Provedor é dos adeptos.
Os adeptos têm a palavra.
João Paulo Meneses
Provedor do Adepto do Rio Ave FC