Juniores – Rio Ave FC 1 x FC Porto 1 – A injustiça de um empate

À 3ª jornada da fase de apuramento do Nacional de Juniores a recepção ao FC Porto saldou-se num empate a 1 bola.

Ao fim dos 90 minutos é caso para dizer que se lamenta a injustiça do empate, tal como se lamenta a falta de coragem de uma equipa de arbitragem que usou uma opção de critérios, no mínimo, preocupante.

Vamos por partes:

O jogo inicia-se praticamente com um remate fortíssimo de Vitó ao poste da baliza adversária.  Logo depois, na sequência de um livre, o perigo voltou a rondar a baliza portista, dando mesmo a ilusão de a bola ter entrado… não foi golo, o remate embateu nas redes laterais e daí essa ilusão de óptica.

Justo também será dizer que Carlos Alves, por 2 vezes, realizou duas intervenções de alto nível, negando o golo do FC Porto. Mesmo assim, o domínio do jogo foi praticamente do Rio Ave FC, aproveitando também jogar a favor de um vento forte, mas sem resultados práticos em relação ao marcador.

 

Na segunda metade entrou melhor o FC Porto, mais pressionante, mais atrevido. Durou 10 minutos esta reacção, até que o Rio Ave FC voltou a “entrar” no jogo e conseguir o golo. Aos 58 minutos, depois de uma falta assinalada à entrada da área (daria direito a cartão amarelo, porque a carga é feita com o braço no rosto do nosso jogador, mas o arbitro assim não entendeu), Vitó faria o golo do Rio Ave FC, a marcação de um livre. Vitó bate a bola com muita força, fazendo-a passar pelo único espaço possível na barreira: as imagens abaixo falam por si.

A partir daqui as coisas mudaram. O arbitro da partida começou a usar um critério não uniforme e  coerente no juízo de faltas. Prova disso foi a falta que Graça sofreu, por trás, já com a bola fora do alcance e o arbitro poupou no cartão. ou as constantes faltas e entradas duras que Jaime Pinto sofreu, sem que fosse sequer assinalada qualquer falta.

Numa partida viva, por duas vezes, a mais flagrante por Jaime, poderíamos ter chegado ao 2-0.

Mas, perante a “passividade” do juiz da partida e perante a necessidade de virar o resultado, o adversário aumentou o ritmo em busca do golo do empate, que surgiu aos 88 minutos, por Chidera.

No final, suou o apito encerrando o marcador no empate a 1 golo, injusto pelo que os nossos jogadores fizeram em campo. Injusto porque, se é, por si só, difícil jogar perante adversários fortes, candidatos ao título, mais o é quando quem deveria ser justo e ajuizar bem, não o consegue.

Pedro Cunha, no final da partida estava orgulhoso dos seus jogadores, mas acompanhava-os na frustração perante a actuação do arbitro que ajudou à subtracção de uma vitória.

FICHA DE JOGO

ONZE INICIAL:

Carlos Alves; Virgílio, Tiago Letras, Filipe Almeida e Tiago André; Pacheco, Pedro Matos (sub 93′) e Vitó; Manuel Namora (sub 86′), André Sena (sub 66′) e Jaime Pinto.

Jogaram ainda: Pedro Graça (sub 66′), Mário (sub 86′) e Manuel Lopes (sub 93′)

Disciplina: Rúben Gonçalves (79′ amarelo)

Golos: Vitó 58′ (1-0), Chidera 88′ (1-1)