Empate sem golos com desfecho inglório

Esteve perto. Muito perto, o regresso do Rio Ave FC às vitórias na Liga NOS.

A equipa de Miguel Cardoso bateu-se frente a um Nacional equilibrado, confiante, consolidado e protagonizou jogo equilibrado que poderia ter vencido, com um lance final dramático.

Com efeito, o Rio Ave FC entrou bem no jogo e Francisco Geraldes, aos 3 minutos, deu sério aviso à baliza insular, com um remate forte que acabou por atingir a figura de Piscitelli.

Agressivo no último terço, o conjunto rioavista parecia determinado em marcar primeiro mas encontrou do lado oposto boa réplica de um recém-promovido confiante e seguro de si.

Equilibrou-se a contenda e Rochez até assustou, com um remate ao poste. Gelson Dala respondeu aos 40’, a passe de Ronan, sem no entanto conseguir bater o guardião madeirense.

Na segunda parte, começou melhor o Nacional, mantendo-se, porém, coesa a defensiva verde e branca.

A entrada de Rafael Camacho, em estreia com a camisola rioavista, mexeu com o jogo, e de que maneira, trazendo irreverência, velocidade e acutilância ao lado esquerdo do ataque vilacondense.

O primeiro sinal de Camacho acendeu ao minuto 60, ao tirar dois do caminho e rematar cruzado para defesa apertada do guarda-redes visitante.

Gelson Dala voltou a visar a baliza nacionalista mas o tiro saiu ligeiramente acima do travessão após corte providencial. Depois Guga foi protagonista de novo lance de perigo aos 75’. Remate cruzado para a baliza insular mas Piscitelli assumiu-se como homem do jogo com defesa a dois tempos.

Nos últimos 10 minutos, Pedro Mendes ainda levou dois sustos ligeiros à baliza de Pawel Kieszek, mas o guardião teve noite segura.

Já em tempo de compensação o lance do jogo. Gelson Dala é derrubado por Piscitelli, no limite da área, com um pisão no calcanhar mesmo em cima da linha da área de rigor. Bem o VAR a intervir, auxiliando Iancu Vasilica a assinalar grande penalidade.

Chamado à conversão, Pelé viu Piscitelli defender à primeira e na recarga o médio rioavista atirou ligeiramente ao lado. Dramático. Palavra a Pelé, tantas vezes herói no passado, não merecia tal desfecho, assim como a equipa, combativa, empenhada, focada em regressar aos triunfos e melhorar o presente, determinada em conquistar um amanhã de sucesso mas consciente de um caminho difícil e sinuoso.

Terça-feira, contra o CD Tondela, será tempo de ganhar.

Jogo no Estádio do Rio Ave FC, em Vila do Conde
Árbitro: Iancu Vasilica
Acção disciplinar: cartão amarelo a Tarantini (35)

Rio Ave FC 0
Kieszek, Ivo Pinto, Toni Borevkovic, Santos, Fábio Coentrão, Pelé, Guga, Tarantini, Gelson Dala, Francisco Geraldes e Ronan
Substituições: Tarantini por Filipe Augusto (55), Ronan por Rafael Camacho (56) e Guga por Carlos Mané (84).
Suplentes não utilizados: Léo Vieira, Anderson, Costinha, Pedro Amaral, Nando Pijnaker e Meshino.
Treinador: Miguel Cardoso

CD Nacional da Madeira 0
Piscitelli, Pedrão, Azouni, Gorré, J.Vigário, Kalindi, R.Correia, B.Rochez, V.Thill, N.Borges e F.Ramos
Substituições: Thill por Camacho (66), Rochez por P.Mendes (78), Gorré por M.Matias (89) e Azouni por Alhassan (89).
Suplentes não utilizados: R.Encarnação, Koziello, É.Bessa, R.Freitas e J.César.
Treinador: Luís Freire